"China esplêndida" em Shenzhen (China)

Situada no delta do rio das Pérolas, no sul da China (região de Guangdong), a cidade de Shenzhen foi a pioneira do "socialismo com características chinesas". Foi aqui que, em 1980, se iniciou a reforma económica que levou a China a potência mundial. Shenzhen era uma vila de pescadores, com cerca de 70 000 habitantes, cercada de campos de arroz, quando foi escolhida por Deng Xiaoping para ser a primeira zona económica especial da China, permitindo a iniciativa privada. Na época tinha a seu favor a proximidade de Hong Kong, grande centro comercial, industrial e financeiro, então ainda sob o controle britânico.
Em menos de 30 anos Shenzhen tornou-se uma cidade com cerca de 8 milhões de habitantes! A maior parte das industrias de Hong Kong foram transferidas para aqui, tendo como motivo principal o baixo custo da mão de obra. Presentemente Shenzhen assume-se como um pólo de alta tecnologia, com fábricas de computadores, materiais para telecomunicações, componentes electrónicas e empresas de biotecnologia. Shenzhen é pois uma das mais jovens cidades da China e um modelo para a politica de reforma e abertura.
Nem tudo aqui é comércio, indústria ou finanças. Em Shenzhen encontram-se quatro grandes parques temáticos que merecem ser visitados na sua totalidade, para bem os ver e fruir contem com mais de um dia de visita.
Destes quatro parques (China Esplêndida - mostra em miniatura dos monumentos e paisagens mais famosos da China; Abertura ao Mundo - mostra idêntica à anterior, mas dedicada às maravilhas de todo o mundo; Aldeias de Folclore - onde se reúnem 55 minorias étnicas da China que aqui mostram a sua cultura e tradições; e o Reino Feliz - espécie de Disneyland, onde se destaca a montanha russa gigantesca), apenas vou mostrar o China Esplêndida . Reparem na perfeição das reproduções e dos pormenores das mesmas e em alguns comentários às fotos.






























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Igreja de Todos os Santos (Colégio dos Jesuitas) - Ponta Delgada (Açores)



A Igreja de Todos-os-Santos, do antigo Colégio dos Jesuítas, é obra dos séculos XVI-XVII. Foi mandado erguer pelos Jesuítas em 1592, sendo ampliado em 1657.
Quando o Marquês de Pombal ordenou a expulsão dos Jesuítas de Portugal, o Colégio foi abandonado, ficando à guarda do Estado, sendo, durante muito tempo, sujeito a actos de vandalismo e profanação.
Em 1834 foi vendido em hasta pública a Nicolau Maria Raposo do Amaral que, conjuntamente com os seus descendentes, soube estimar e defender este importante património.
Em 1972 a Igreja foi oferecida à Câmara Municipal de Ponta Delgada que, em 1977, a cedeu ao Governo Regional dos Açores e este, em 1979, a cedeu ao Museu Carlos Machado que após o restauro lá instalou (Maio de 2006) o seu Núcleo de Arte Sacra (aqui está exposta uma valiosa colecção de obras, que também foram sujeitas a intervenções de restauro e conservação, provenientes do próprio património da Igreja e outras de conventos já extintos, revelando todas um pouco da nossa História).
A Igreja é de uma beleza excepcional, destacando-se a magnifica talha em que se utilizaram madeiras de teixo, cedro, bucho, faia, vinhático e sucupira. A ornamentação do altar-mor, do arco triunfal e dos retábulos laterais são um eloquente testemunho da liberdade decorativa do Barroco. Coexiste ali uma variedade enorme de elementos decorativos, de elevado requinte artístico, destacando-se motivos vegetalistas e zoomórficos, colunas salomónicas, torneados e concheados. De referir que no altar-mor podem ver-se cerca de trinta anjos em diferentes poses!
A quase totalidade da talha não está folheada a ouro, como é "habitual" nas igrejas (segundo me informaram os Jesuítas "não tiveram tempo" para o fazer), mas tal facto mais realça a beleza da talha. Também o exterior (frontaria) é uma obra magnifica em talha... mas de pedra!
De referir, por fim, que anexo à Igreja existe um edifício onde se encontra, entre os muitos livros ali guardados, a livraria e espólio de Teófilo Braga, a livraria de Antero Quental, os fundos de José, Ernesto e Eugénio do Canto, para além de outras importantes colecções de livros (destaque-se um conjunto de edições de Os Lusíadas).



























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