Nampula - 1965... 1972...

Este é um post diferente daqueles que aqui vou colocando: tomei um "monte" de postais (penso que a maior parte deles é de meados da década de 1960...), juntei-lhes uma "série" de slides de 1972 (na realidade são de finais de 1971... a meados de 1973) que mandei digitalizar e, por último... como este post já ia longo, "carreguei" um outro com fotos de 2002, 2004, 2008 e 2010. A "qualidade" de algumas das fotos deste post não é boa, mas... é o que há (havia).
 
Nampula, capital da província com o mesmo nome e conhecida como "a linda" ou como a "capital do norte", é a terceira maior cidade de Moçambique com mais de 300 mil habitantes (há quem indique 350 mil). O seu nome teve origem no de um líder tradicional de nome M'phula ou Whampula ou N'wampuhla (dependendo das fontes...). Tendo sido elevada a cidade em 22 de Agosto de 1956, a sua construção terá tido início por volta de 1907 com a construção do comando militar de Macuana. Os militares tiveram sempre uma grande influência sobre esta cidade, começando pelo Major Neutel de Abreu, continuando com a instalação aqui do Quartel General do Exército Português nos anos 60 e, depois da independência, com a transformação do Quartel General em Academia Militar Samora Machel. Situada num planalto e rodeada de picos rochosos que lhe dão um encanto ímpar, Nampula é o nó de ligação para as províncias nortenhas de Cabo Delgado, Niassa e Zambézia, para isso contribuindo a linha de caminho de ferro que por aqui passa (Nacala - Malawi), as ligações por estrada que aqui se cruzam e o seu aeroporto internacional. A tudo isto acresce o seu clima ameno apesar de influenciado pelas monções, o traçado das suas ruas e a afabilidade da sua população. Segundo escreve Manuel Ferreira (Lisboa 1946), na biografia de Neutel de Abreu, Nampula (na altura o "simples" posto militar de Macuana) era um "local formosíssimo, a 440 metros de altitude, onde hoje se encontra o quartel das forças militares. Lá longe, alargava-se a beleza extrema da floresta e, ao sul, a recortar-se no espaço, a serra Mihôvo, que se assemelha ao rosto e corpo de um negro. Sobre o verde-escuro das serranias, o céu, no entardecer, tingia-se de escarlate...”

Primeiro os postais...




























...depois os slides de 1972 (muitos perderam ou alteraram a cor)...






















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