Hotel Águas Rádium - Sortelha (Sabugal)

Houve uma época histórica em que se acreditava que as águas radioactivas tinham poderes curativos (chegou mesmo a fazerem-se diversos produtos radioactivos... até alimentos!)... comprovou-se depois precisamente o contrário. Hoje sabemos que as propriedade da radioactividade são muito nocivas para o ser humano, provocando o efeito contrário ao pretendido nas termas. A radioactividade não curava... mas fazia sim adoecer.

Foi naquela época  que foi construído o Hotel Águas de Rádium (também chamado Hotel Serra da Pena  ou Termas de Rádium) que é hoje, ainda que em ruínas, uma das atracções desta região...

O hotel, melhor dizendo, as suas ruínas, com os seus ares de castelo, são um património arquitectónico verdadeiramente especial. Sendo um hotel monumental e abandonado, as suas ruínas tornam-se ainda mais encantadoras. O hotel foi construído "em grande": cerca de 90 quartos, capacidade para 150 hóspedes, grande estrutura, muitas divisões e anexos.

Devidamente equipado, possuía enormes infraestruturas, destinadas a fazer diversas utilizações da água, nomeadamente banhos, ingestão de água termal, aplicação de lamas ou compressas eléctricas. Era um hotel que revelava ambição, quanto mais não fosse pela sua monumentalidade. Apostava em alta tecnologia, por isso, visaria tornar-se numa referência na Europa. Sendo um hotel que proporcionava tratamentos baseados em água radioactiva, percebe-se que o evoluir da ciência tenha levado ao seu súbito fim.

Começo por mostrar duas fotos que copiei da Net e que mostram a verdadeira dimensão do hotel.


A partir daqui... as minhas fotos (no meio delas... uma outra copiada):




























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Alvarães (Viana do Castelo) - Festa das Cruzes e Andores Floridos

A Festa de Santa Cruz de Alvarães, também conhecida como Festa das Cruzes e/ou dos Andores Floridos, realiza-se todos os anos em Maio (não consegui saber como é fixada a data...) em Alvarães, a cerca de 10Km de Viana do Castelo. Esta festa caracteriza-se pelas suas cruzes e andores floridos.
As cruzes, feitas por associações, lares, escolas... são expostas à entrada de Alvarães e que logo à chegada nos dão uma ideia da policromia das cores que depois iremos ver replicar nos andores floridos... embora estas não estejam relacionadas com aqueles...
Os andores floridos são o ex-libris de Alvarães que nesta época passa a ser a catedral da flor campestre. São 11 andores floridos, cuja estrutura se vai mantendo de ano para ano (poderão ser reparados, reforçados, alindados, reestruturados...), mas que todos os anos recebem novas flores e novas decorações. O trabalho de decoração dos onze andores tem lugar, normalmente, no pátio das casas dos mordomos e decorre praticamente ao longo de toda a semana que antecede a festa, só sendo dado por concluído no fim da tarde de sábado. À volta de cada andor, reúnem-se cerca de três dezenas de "artífices", gente de todas as idades e profissões que, pétala a pétala, criam autênticas obras de arte popular. As pétalas são coladas com cola feita à base de farinha, cuja humidade permite que elas se aguentem por vários dias viçosas e coloridas. 
Alguns dos andores são também decorados com "quadros" feitos com grãos - milho, vários tipos de feijão, cereais, grão de bico... - quadros que, em alguns casos, se podem manter no andor vários anos. 
Cada lugar da freguesia tem o seu andor e ainda se cultiva uma sã rivalidade entre os vários lugares, pelo que as temáticas escolhidas são mantidas em segredo até à tarde de sábado, altura em que os andores são transportados para a Igreja Paroquial.
O andor de S. Sebastião é um dos mais pesados (um castelo quase totalmente revestido de musgo) sendo necessários seis fortes ombros para o transportarem. Um dos mais leves é o de Santa Goreti, que, como manda a tradição, é sempre transportado por raparigas solteiras.
O primeiro andor florido nasceu em Maio de 1946, mas foi em 1947 (neste ano de 2022 faz 75 anos) que se passou a associar os Andores Floridos à Festa das Cruzes.

Começamos por mostrar as cruzes:


















A seguir mostro a Igreja Matriz de Alvarães, dedicada a São Miguel. Primeiro o exterior e depois o interior com os andores em exposição. 










Agora, no interior da igreja, os andores floridos! Apresenta-se primeiro o andor, seguido de pormenores do mesmo. De referir novamente que as decorações são feitas de flores, folhas e grãos...












































A terminar, algumas fotos da procissão. A maior parte delas foram tiradas à saída da igreja e as restantes na povoação. 






























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