Azulejos - Estação do Pinhão (Alijó)

Na confluência do rio Pinhão com o rio Douro localiza-se a estação do Pinhão que possui um conjunto variado de painéis de azulejos do século XIX, um valiosíssimo museu que mostra os costumes, os transportes (barco rabelo e carro de bois), belíssimas "fotos" das vinhas dourienses, dos socalcos, dos trabalhos, das quintas e aldeias, tudo isto acompanhadas sempre das majestosas e imponentes paisagens do Douro. Os painéis de azulejos desta estação foram feitos pelo pintor ceramista J. Oliveira, ligado à Fábrica Aleluia, sendo esta a sua obra mais conhecida. Vale a pena a visita à estação!
Nas fotos abaixo estão representados todos os painéis da estação, não obstante o brilho ou as sombras em um ou outro, pois pareceu-me interessante mostrá-los todos. Primeiro são mostrados os que estão na frente de rua da estação (apresentados da esquerda para a direita) e depois os das paredes esquerda, frente de linha e direita (apresentados sequencialmente por esta ordem).
































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Minas de sal - Wieliczka (Polónia)

Situada a poucos quilómetros de Cracóvia, esta mina de sal é a mais antiga do continente europeu, estando em exploração desde o ano de 1044! A partir de 1978 as minas de sal de Wieliczka passaram a ser consideradas pela UNESCO como Património da Humanidade. Para tal terá contribuído, por certo, a beleza da capela de Santa Cunegunda e as suas esculturas feitas em sal, de que se destaca a estátua do Papa João Paulo II, mas ao longo das suas galerias (com mais de 300 de quilómetros!) poderão ainda ver-se outras capelas, várias estátuas, lagos, reconstituições, etc. De notar que ao longo da visita praticamente só se vê sal, madeira e uma ou outra parede de tijolo. Todas as esculturas (e até o pavimento!), que por vezes parecem ser de granito, são feitas em blocos de sal ou directamente esculpidas nas paredes (...de sal!).
Para além dos cerca de um milhão de pessoas anónimas que anualmente visitam a mina, há também a tradição de a mesma ser visitada por gente famosa (entre outros destacam-se as visitas de diversas figuras mundiais importantes, tais como Nicolau Copérnico, Goethe, Robert Baden-Powell, Karol Wojtyła (mais tarde papa João Paulo II), Bill Clinton,...).
A muitos metros de profundidade, as minas dispõem de uma meia dúzia de estabelecimentos comerciais, onde é possível adquirir recordações (por exemplo pequenas esculturas feitas em sal), tomar uma bebida ou almoçar! Nas suas galerias subterrâneas, realizam-se também diversos eventos sociais, tais como banquetes, concertos e provas desportivas. Existe ainda um sanatório, onde pessoas com problemas alérgicos ou respiratórios podem desfrutar dos benefícios de uma temporada subterrânea. O ar é totalmente saudável para os asmáticos porque não tem contacto algum com factores alérgicos. Os elevados índices de humidade e cloreto de sódio nas galerias subterrâneas das jazidas favorecem também a regeneração das mucosas, sendo as estadias consideradas eficazes para cerca de 90% dos pacientes.
Durante a segunda guerra mundial, as minas de sal foram ocupadas pelos alemães, como armazém para fábricas de produtos militares.
Segundo a lenda Cunegunda (mais tarde Santa Cunegunda), filha de um rei húngaro, foi prometida ao rei da Polónia. Ao receber do pai, como dote, muito ouro e pedras preciosas, recusou-as, dizendo que tinham origem nas lágrimas e no sangue do povo. Em vez de riquezas, pediu sal, um bem essencial. Seu pai, ofereceu-lhe então uma mina de sal na Transilvânia. Cunegunda, em sinal de aceitação do presente, atirou o seu anel para dentro da mina. Mais tarde, já na Polónia, realizou uma viagem por Cracóvia e, chegando à zona de Wieliczka pediu aos seus súbditos que cavassem um buraco profundo. Para espanto de todos, o buraco continha sal em abundância. E continha também o anel que Cunegunda deixara na Transilvânia. A partir dessa altura, as minas passaram a ser exploradas e tornaram-se da maior importância na Europa. Esta lenda está representada numa das galerias da mina, através de diversas esculturas.
A mina tem 9 níveis, que chegam até 370 metros de profundidade, e as suas galerias têm cerca de 300 quilómetros de extensão. A visita turística percorre cerca de 3,5 quilómetros e desce até 135 metros de profundidade. Este percurso turístico dura à volta de 2 horas e representa apenas cerca de 3%  de toda a mina!





















































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