Hampi - Karnataka (Índia)

Hampi (ou "Cidade da Victória"), que foi a capital do Império Vijayanagara desde 1336 até 1565, ocupa uma área de cerca de 26 quilómetros quadrados no vale do rio Tungabhadra (estado de Karnataka, India). Declarada Património Mundial da Humanidade na década de 80, Humpi é hoje um dos locais mais belos e com interesse histórico de toda a Índia.
Durante mais de 200 anos, três gerações de soberanos hindus, conduziram Humpi ao seu apogeu (entre 1510 e 1542).
Visitada já no séc. XV por italianos e persas, foi no séc. XVI visitada pelos portugueses Duarte Barbosa, Domingo Paes (este viajante português, que viveu em Hampi durante dois anos, descreve o monarca da altura - Krishnadeva Raya - como perfeito em todas as coisas) e Fernão Nunes. Todos eles deixaram relatos da grandiosidade e beleza de Humpi. Na época era referido ser a cidade maior que Roma, Paris ou Lisboa! No início do séc. XVI, um viajante persa - Abdur Razzak - deixou escrito que a cidade era de tal modo grandiosa que os seus olhos nunca tinham visto nada parecido e que não tinha conhecimento de existir no mundo lugar como este.
No "coração" de Humpi existem cerca de 350 templos! mas terá de se referir que para além destes existem fortificações, um vasto e muito elaborado sistema de irrigação, esculturas, pinturas, estábulos, palácios, jardins, mercados,...
Hampi é composto pelos "Centro Sagrado" (onde se localizam, entre outros, os templos de Vitthala, de Virupaksha, de Krishna e de Achyuta Raya, a estátua de Narasimha,...), o "Centro Real" (onde ficam o templo de Hazara Rama, o estábulo dos elefantes, os quarteis, o tanque dos degraus, o Palácio da Rainha,...) e os centros suburbanos.
Em 1565 os sultões de Deccan (ou Decão), alarmados com o crescimento e poder do Império de Vijayanagara, aliaram-se e derrotaram Rama Raya na batalha de Talikota. A capital foi ocupada e o império não mais recuperou.
O historiador Robert Sewell, no seu livro "A Forgotten Empire" escreve (tradução livre): os invasores, durante cinco meses, com fogo e espadas, com pés-de-cabra e machados fizeram, dia após dia, o seu trabalho de destruição. Nunca talvez na história do mundo tenha havido tanta destruição, efectuada tão rapidamente e sobre uma cidade tão esplêndida. A população, que num dia vivia no meio da fertilidade, abundância e riqueza, na plenitude da prosperidade, viu-se em pouco tempo pilhada, reduzida a ruínas, incendiada, massacrada selvaticamente e serem reduzidos a mendigos.
Se após toda esta destruição ainda ficou o que mostro... imagine-se como teria sido!...

Nota: a maior parte (cerca de três quartos) das fotos que mostro tirei-as em 2005 (ano em que visitei pela primeira vez Hampi) e as restantes são de 2015. 












































































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1 comentário:

Glória Vilbro disse...

Talvez o rei não fosse "perfeito em todas as coisas", mas lá que tinha uma cidade magnífica, isso é verdade que tinha! Grandiosa, imponente! Que pena ter sofrido uma tão grande destruição... Mas o que sobrou, e foi muita coisa, ainda é muito, mas mesmo muito belo!